sábado, 31 de julho de 2010

As passagens

Gente, esqueci de dizer, no post anterior, que era necessário fazer o pagamento antecipado de 25% do valor do aluguel. Consultei o proprietário sobre como enviar-lhe o pagamento e ele simplesmente me dispensou de fazer isso e disse para eu pagar tudo quando chegasse lá. Gentil, não? E, ao chegar, é necessário também deixar com ele um depósito de segurança, no mesmo valor do aluguel (preferencialmente em cheques de viagem), para o caso de ser causado algum dano ao apartamento. Esse depósito é devolvido ao final do período de locação, se não tiver sido usado para cobrir alguma despesa necessária.
Só depois de resolvida a questão de onde ficar em Paris é que fui cuidar das passagens. Isso foi no finalzinho de maio. Comecei, é claro, pela passagem de avião. A Marina assumiu o papel de minha agente de viagens e pesquisou, na web, os preços de várias companhias. Optei pela TAP, por um conjunto de razões: ela tem preços um pouco menores que os da Air France e da TAM (eu excluí de cara as outras companhias); ela tem vôos saindo do nosso aeroporto internacional, em Confins; a Marina tem milhas nessa companhia (com as que ela vai ganhar agora, já dá uma quantidade boa); e, principalmente, eu poderia parar uns dias em Lisboa sem custo adicional na passagem.
Eu poderia ter feito a compra pelo site da TAP na internet, como sempre faço com passagens nacionais, mas preferi fazê-lo diretamente na loja da TAP, que fica na rua Timbiras, 1200 - sala 311. A pessoa que nos atendeu foi a mesma que nos vendeu a passagem da Marina para Portugal, no ano passado. O nome dela é Leslie e ela é super atenciosa.
Pagando com no cartão de crédito, é possível dividir o valor da passagem. Com o Visa, eu poderia pagar em 3 vezes sem juros. Com o Mastercard, em 5 vezes. Nos dois, poderia dividir em mais vezes, mas com juros. Apesar de ser uma turista pobre, eu não gosto de pagar juros, por isso usei o Mastercard para pagar em 5 vezes. Com isso, ainda vou acumulando pontos no programa de fidelidade da Caixa, que podem ser transferidos depois para a TAM.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Onde ficar

Como eu disse no primeiro post, eu queria ser uma parisiense por um mês, e parisienses, pelo menos em sua maioria, não costumam morar em hotéis. Assim, desde o início, minha opção foi pelo aluguel de um studio (kitinete parisiense). Aliás, essa foi uma das coisas que aprendi na aula de Cultura e Civilização Francesa: é possível alugar apartamentos equipados em Paris, e em outras cidades, por períodos curtos. Além de te dar a sensação boa de viver na cidade, a opção pelo aluguel é geralmente mais econômica que um hotel. Existem vários sites na Internet que oferecem esse tipo de serviço. Eu pesquisei em três: Homelidays, Paris Attitude e New York Habitat . Os dois primeiros foram indicações de amigos, e o terceiro foi encontrado através de comentários na própria web. Os preços do Homelidays são mais altos, por isso concentrei minhas buscas no Paris Attitude e no New York Habitat. Acabei alugando através deste último, porque eles foram mais ágeis na resposta às minhas muitas consultas. Aliás, o cara responsável por me atender até telefonou para minha casa. Para minha sorte, eu havia saído, porque ia ser ridículo não conseguir conversar com ele: precisei ouvir a mensagem que ele deixou na secretária eletrônica umas cinco vezes até conseguir entendê-la :-)
Ao final, aluguei um pequeno studio (pequeno, aqui, não é modo de dizer: 17 m2, distribuídos em uma sala com sofá-cama, uma mini-cozinha e um banheiro menor ainda, como vocês podem ver nas fotos abaixo) em uma zona residencial do 11éme Arrondissement, perto do Cemitério do Père Lachaise, onde estão enterrados alguns nomes bastante conhecidos, como: Guillaume Apollinaire (poeta), Honoré de Balzac (escritor), Sarah Bernhart (atriz), Maria Callas (cantora, ou melhor, diva), Frédéric Chopin (compositor), Auguste Comte (filósofo), Isadora Duncan (bailarina), Georges Haussmann (o responsável pela reforma urbana de Paris, que transformou uma cidade suja e desorganizada nisso que conhecemos), Allan Kardec (o criador da doutrina espírita) , Jean de La Fontaine (o das fábulas), Jean-François Lyotard (uma das referências da minha tese), Molière (dramaturgo), Yves Montand (cantor e ator), Jim Morrison (vocalista do The Doors), Édith Piaf (dispensa comentários), Marcel Proust (autor de Em busca do tempo perdido). É claro que meu roteiro de passeios vai incluir um tour por esse cemitério.
O aluguel do studio que escolhi foi de 800 euros pelo mês (790 + 10 pelo acesso ao wifi). Além disso, precisei pagar uma taxa de 332 euros à agência que intermediou o processo. Agora, falta chegar lá e verificar se é tudo como eu vi pela internet, porque eu encontrei na web algumas reclamações registradas por pessoas que alugaram apartamentos (não pelo New York Habitat) e eles não correspondiam à descrição.
Ah, para mim, o máximo do máximo (nec plus ultra, em francês) foi usar o Google Street View para passear pela rua onde vou ficar. Eu sou do tempo em que computador usava cartão perfurado, por isso ver uma coisa dessas é acompanhar a concretização daquilo que para nós era ficção científica :-)



segunda-feira, 26 de julho de 2010

A definição do período da viagem

De acordo com o blog Conexão Paris, editado pela brasileira Maria Lina, que vive em Paris desde a década de 1980 (blog que li em sua íntegra e no qual encontrei muitas informações úteis para planejar a viagem), as melhores épocas para se viajar para aquela cidade são a primavera e o outono. Por isso, meu plano inicial era viajar em abril, para pegar a primavera, mas apareceu um concurso para professor na UFMG, em uma área que me interessava, e resolvi deixar de lado o projeto da viagem e encarar o tal concurso, cujas provas estavam previstas para o mês de abril. Foi a minha sorte, pois a data que eu havia definido para viajar era 15 de abril, exatamente o dia em que os aeroportos franceses foram fechados por causa da fumaça daquele vulcão de nome impronunciável. Ou seja, minha tão esperada viagem teria ido para o beleléu (gente, o Word reclama dessa palavra, mas ela existe no Houaiss). Divulgado o resultado do concurso, no qual eu tomei uma senhora bomba (a primeira em minha vida, da qual precisei de um tempinho para me recuperar), retomei os planos e voltei a preparar minha viagem. Decidi que viajaria em setembro, mas Marina, minha filha, que iria para o casamento de uma amiga dela na Alemanha (na cidade de Colônia), no final de agosto, me convenceu (facilmente, pois gosto muito da noiva) a antecipar um pouco a viagem e ir também ao casamento. Outro golpe de sorte: as passagens da TAP, companhia que escolhi, são um pouco mais caras em setembro que em agosto. Resultado: viajamos no dia 14 de agosto e fico em Paris até 15 de setembro. Marina vai ficar as primeiras 3 semanas comigo. Além de uma ida de 3 dias a Colônia (de trem), para o casamento, passaremos outros 3 dias em Londres, para encontrar outra grande amiga da Marina, de quem também gosto muito. Essas pequenas viagens não faziam parte de meu programa original, pois eu só queria ficar em Paris e arredores, mas é uma bela oportunidade de conhecer dois outros locais interessantes e encontrar pessoas muito queridas. E, para aproveitar a passagem da TAP, que inclui obrigatoriamente uma escala em Lisboa, ficarei 5 dias na terrinha (sem custo adicional na passagem) voltando para o Brasil em 20 de setembro. Acho que vai dar para me divertir um bocado, não?

sábado, 24 de julho de 2010

Os primeiros preparativos

Eu ia dizer que os preparativos começaram com a escolha de um local para ficar em Paris, mas, pensando melhor, acho que eles tiveram início há pouco mais de cinco anos, quando comecei a estudar francês. Isso aconteceu quando, no primeiro semestre de meu doutorado, eu fazia uma disciplina com a turma do mestrado em Comunicação Social da FAFICH/UFMG e as alunos de lá se reuniram para estudar francês com um aluno do curso de graduação em Comunicação. Esse aluno, o Ernandes, depois de se formar, foi para Paris fazer o mestrado e vive lá até hoje (o que, sou obrigada a assumir, me mata de inveja). Fiz ainda um semestre de aulas particulares com o Ernandes e depois passei a fazer o curso oferecido pelo Cenex da Faculdade de Letras da UFMG. Fiz o básico, o intermediário e depois descobri uma maravilha de curso chamado Cultura e Civilização Francesa, oferecido pela professora Suely. Fiz três semestres seguidos desse curso, que é uma aula de conversação baseada em aspectos culturais da França e de outros países de língua francesa. Muito do que utilizei para planejar minha viagem eu aprendi nesse curso. Eu o recomendo a todos que se interessam pela língua e pela cultura francesas.

domingo, 18 de julho de 2010

O porquê do blog

Eu vou realizar um sonho que começou há cerca de 40 anos, quando tive aulas de francês no colégio, naquilo que hoje seria a 6ª série do ensino fundamental: conhecer Paris. A Torre Eiffel e o Arco do Triunfo estão de tal forma entranhados no meu imaginário que eu acho que visitá-los seria como rever velhos conhecidos. Agora que estou aposentada, vou passar um mês nessa cidade. Um mês, para mim, é o mínimo que eu precisaria, pois eu não queria ser apenas mais uma turista ali, queria ser uma parisiense por algum tempo. Bem que eu gostaria de ficar mais tempo, mas questões econômicas me impedem de fazê-lo :-)
É claro que, depois de esperar tanto, eu quero compartilhar isso com as pessoas de quem gosto. Em compensação, não quero obrigar ninguém a ler meus relatos de viagem (que provavelmente serão intermináveis), por isso criei esse blog. Nele, pretendo colocar informações sobre a viagem, desde seus preparativos (eles podem ser úteis para quem quiser fazer o mesmo tipo de programa), e sobre coisas que fiz e lugares que conheci. Quem achar que vale a pena ler isso, é só acessar o blog.
O nome do blog é uma brincadeira com o aluguel de curta duração, sistema que permite alugar apartamentos mobiliados e equipados em várias cidades do mundo por períodos de poucos dias ou meses, e que eu utilizei para encontrar um lugar para morar em Paris, mesmo que por apenas um mês. E o projeto visual foi feito por minha filha, Marina, porque eu não tenho a menor criatividade nesse quesito.
Para mim, o blog é uma oportunidade de dividir com meus amigos a realização de meu sonho. Espero que vocês achem interessantes as informações que encontrarão aqui. Boa viagem para todos nós!