terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mais Lisboa

No sábado, dia 18, logo após o café da manhã, peguei o bonde 28, para ir visitar a Feira da Ladra, um mercado de pulgas que se realiza no Campo de Santa Clara, perto do Mosteiro de São Vicente de Fora, na região de Alfama. Gente, é uma tralha só. Tem todo tipo de quinquilharia que se pode imaginar. Dei uma olhada em toda a feira, mas achei tudo meio caquento. Só comprei um chapeuzinho de pano (50 centavos de euro), porque o sol estava muito forte, e uns dedais de porcelana, com imagens de Portugal, para dar de presente a algumas amigas que costuram. Para ser sincera, eu não diria que esse é um programa imperdível, não. Nossa feira da Afonso Pena é muuito mais interessante.




Dali, fui visitar o Mosteiro de São Vicente de Fora. Este, sim, merece ser visto. Além do prédio ser lindo, com belos desenhos em azulejos, ali fica o panteão da Casa de Bragança, da qual faziam parte nossos imperadores. Ou seja, visitar o mosteiro é visitar a nossa história.












Ali estão expostos painéis de azulejos do século XVIII que ilustram as fábulas do La Fontaine, aquele de A raposa e as uvas. Amei!



Peguei o bonde para voltar para a região central e fiz uma parada na Igreja da Sé. Incluam-na no roteiro de vocês, que vale a pena. A igreja é muito bonita e ainda tem túmulos antigos e um núcleo de escavações arqueológicas bem legal. Me deu até vontade de estudar arqueologia :-)











Logo que entrei na igreja, olhei para trás, onde costuma ficar o órgão, e pensei: uai, essa não tem órgão. Pois tem. E dois, só que bem na parte da frente, nas laterais.



Atravessando a rua, estamos diante da Igreja de Santo Antônio, aquele que conhecemos por Santo Antônio de Pádua, cidade em que ele morreu.





Caminhando rumo à região central, passei por uma loja de artesanato e, de longe, pensei que isto era uma daquelas estátuas vivas que eu vi aos montes em Paris, mas não, era um boneco, mesmo. E vejam que linda a fachada desta joalheria.



Atravessei de novo o shopping Armazéns do Chiado e saí na rua Garret, para procurar a Livraria Bertrand, que a Marina tinha indicado como um lugar de que eu deveria gostar. Gostei mesmo, é uma livraria grande e bastante antiga, aí me senti bem à vontade ali.



Fui direto visitar o sítio arqueológico do Carmo e o museu que ficam nas ruínas do Convento do Carmo. No caminho, uma estátua de Camões.







Este busto é do rei Fernando II, aquele que construiu o Palácio da Pena.


E não resisti a fotografar para a Nina (ela vai entender) uma gárgula do convento.


Peguei o elevador de Santa Justa, para ir para a parte baixa da cidade, mas antes subi até o último nível de seu miradouro, de onde fiz algumas fotos. E vejam a que o ascensorista bateu para mim.




Fui para a Praça da Figueira, pegar o ônibus de dois andares da empresa Yellow Bus para fazer um tour pela cidade, naquele esquema de poder descer onde quiser e depois pegar outro ônibus. Comprei o ticket válido por dois dias e embarquei no ônibus que faz o circuito bonina (Olisipo Tour), que circula pela área mais moderna de Lisboa, boa parte dela construída ou reformada para a exposição internacional de 1998, pois eu queria conhecer o Oceanário, onde desembarquei. Gente, fiquei igual criança naquele lugar. É simplesmente maravilhoso! Tirei trocentas fotos, mas descobri que peixes, tubarões, arraias e similares não são bons modelos, não param quietos, e aí quase todas ficaram tremidas :-)























Esse papagaio do mar parecia ter sido encarregado de dar um show especial para a platéia, pois mergulhava e saía da água, ficando quase de pé e batendo as asas. E vejam a folga da lontra marinha.




Peguei o ônibus para ir a outro lugar e fui fotografando as coisas bonitas que via.









A Marina tinha me falado de uma loja chamada El Corte Inglês. Pensei que seria uma loja antiga, em estilo inglês, aí escolhi parar nesse lugar. Quando cheguei lá, era praticamente um shopping. Você podem achar que estou exagerando, mas meu estômago até embrulhou. Parece que tomei mesmo ojeriza a lojas :-) Dei meia volta e caminhei até o parque Eduardo VII, ali pertinho, este sim um lugar agradável, que tem entre seus jardins um que se chama... Amália Rodrigues.








Uma das atrações desse parque é a Estufa Fria, um jardim tropical em pela Europa. Fui dar uma olhada nela, só de fora, e vejam só quem encontrei fazendo a mesma coisa.




Desci do ônibus perto da Praça do Comércio e fui andando até o hostel. No caminho, um conjunto de casulos metálicos em uma praça.

O jantar no hostel teve um cardápio na medida para matar minha saudade da comida brasileira: sopa de vegetais (parecido com um caldo verde), feijão à brasileira (quase uma feijoada), arroz e lombo de porco. Bom demais da conta, sô!