sábado, 18 de setembro de 2010

Agora em Lisboa

Amanheceu chovendo em Paris. O táxi estava marcado para as 8h15, e às 8h10 comecei a descer com a minha tralha: uma mala grande, uma média, uma de mão, o saco de lixo e a sacola com material reciclável, os dois últimos para colocar no depósito do prédio. Entrei no táxi e fui para o aeroporto, batendo papo com o motorista, é claro. Por causa da chuva e de um acidente que havia ocorrido em um dos acessos para Orly, o trânsito estava muito ruim. Tanto que o motorista riu de mim porque eu estava muito adiantada (se mineiro não perde trem, imagine avião), mas só chegamos lá meia hora antes do horário definido pela companhia. O som do carro tocava chansons francesas ótimas. Resultado: saí do táxi com mais de 700 músicas gravadas no meu netbook. A corrida ficou em 51 euros. Com a minha bagagem, ô dinheirinho bem gasto!

No aeroporto, nem vi o tempo passar, mesmo o avião tendo saído 45 minutos atrasado (saudade dos trens...). Fiz amizade com um casal de paraenses (ele, Joaquim, engenheiro mecânico, que trabalhou em BH na construção de Confins; ela, Cristina, professora universitária licenciada para fazer o doutorado) que vive em São Paulo. É o segundo casamento dos dois e eles estão vivendo juntos há dois anos. Ficamos conversando como se nos conhecêssemos a vida inteira. É bem interessante essa sintonia que acontece algumas vezes entre as pessoas.
O vôo foi super tranqüilo e chegamos em Lisboa também debaixo de chuva fina, mas com muito calor. Peguei um táxi e fui para o hostel onde ficaria, o Living Lounge Hostel. A localização dele é excelente, as instalações são ótimas (um banheiro grande, enfim!), mas tem um problema: é preciso subir dois andares carregando a bagagem. Vocês se lembram da descrição da minha, não? Essa parte foi bem complicada :-) Mas dêem uma olhadinha no meu quarto e no hostel.












Essa jovem loura que aparece comigo na foto é estudante do mestrado em Fisioterapia na UFMG. Com minha memória (que só não é pior que meu senso de orientação), é claro que esqueci o nome dela (Susan, Vivian ou algo parecido). E tinha mais gente de BH por aqui.


Tomei um banho e fui andar por umas ruas próximas do hostel. Resolvi fazer um passeio no eléctrico (bonde) número 28, que passa ali perto (o pessoal da recepção o havia recomendado) e faz um circuito cheio de atrações turísticas (o que em Lisboa também não falta). Desci em Alfama e conheci algumas dessas atrações, como restos da cerca que foi construída em Lisboa pelos mouros (e praticamente destruída pelo grande terremoto de 1755),










a igreja de Santa Luzia,





o mosteiro de Santo Antônio de Fora (só por fora mesmo, porque ele já estava fechado),





a antiga igreja de Santa Engrácia, hoje Panteão Nacional (onde só tem uma mulher, Amália Rodrigues),


e umas casas revestidas de azulejos, na praça onde, aos sábados, é realizada a Feira da Ladra, sobre a qual vou falar em outro post.



Pequei o bondinho para voltar e fui para a Praça do Comércio, à beira do rio Tejo (eu jurava que era o mar), bem perto do hostel. Estava muito quente e foi uma delícia ficar ali, usufruindo de uns respingos trazidos pelo vento!










O hostel tem um chef e oferece, sob reserva, um jantar constituído de sopa, prato e sobremesa, por 8 euros. Eu já havia feito a reserva antes de sair, e comi a sopa, bacalhau guarnecido de camarões e torta de maçãs. Estava tudo bom demais!
Aí, fui para o meu quarto e apaguei, porque ninguém é de ferro. Dormi durante umas nove horas seguidas.

4 comentários:

  1. Xina,
    Olha a Marina com saudades da "terrinha"!



    claudia

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  2. Xina,
    cadê o sorriso de Lisboa?
    O hostel tem banheiro no quarto ou é coletivo? Ainda nao fiquei em um hostel.
    abs e muitas boas andanças,

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  3. Maria Eugênia, não tem banheiro no quarto, não. Mas tem um mais coletivo e um individual, que é o que eu usei quase sempre. E como tem banheiros nos andares, no final de cada corredor, não há disputa pelo uso, não. Foi bem tranquilo

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