sábado, 4 de setembro de 2010

Dois dias mais tranquilos em Paris

Depois de 3 dias batendo perna na Inglaterra, reservamos a quarta-feira, dia 1/9 , para tarefas domésticas: lavar a roupa suja, limpar o studio e começar a ajeitar as coisas da Marina, que embarcaria para Lisboa (e de lá para o Brasil) na sexta, dia 3. Levantamos tarde, ajeitamos o studio e, por volta do meio-dia, ela foi comprar comida para nós. Perto daqui tem uma rotisseria que vende, entre outras coisas, frangos assados (daqueles de televisão de cachorro) com batatas. Depois de assados, eles colocam os frangos em uma vitrine, ordenados por tamanho (pequeno, médio e grande) e eu ficava namorando os danadinhos quando passava por lá, mas a Marina sempre me cortava. Neste dia, ela entregou os pontos e comprou um do pequenininho, com uma porção também pequena de batatas. Não deu nem tempo de fotografar, pois eu ataquei imediatamente a pelinha torrada do frango.
À noite, fomos experimentar o menu de degustação de um restaurante libanês que tem no nosso quarteirão, chamado Beyrooth Vins & Mets. Gente, foi ridículo. Pedimos um aperitivo feito a partir de tâmaras, que tinha álcool, e um vinho para tomar com a comida. Vocês sabem da minha resistência ao álcool, que é quase nenhuma, e na segunda taça do vinho eu já estava rindo sem parar e batendo papo com o outro único cliente do lugar, um fotógrafo que acabava de chegar do norte da França e que falava um pouquinho de português. A comida era constituída de um monte de pratinhos com patês, saladas, cremes e pão. Provamos um pouquinho de tudo e, ao final do monte de pratinhos, já estávamos cheias. Aí é que descobrimos que aquelas eram só as entradas frias, pois vieram nos servir outro monte de pratinhos com as entradas quentes. Não deu para comer, tivemos que sair de lá com um marmitex cheio de comida libanesa. Mas comemos a sobremesa, um prato com dois tipos de melão e um flan (lembram disso?) de leite com flor de laranjeira. Como eu estava semi-bêbada, nem lembrei de fazer fotos da comida :-)
Mas uma coisa nos desagradou nessa noite: talvez por não estar acostumado com mulheres espetaculosas (como diziam na novela O Clone), o cara que parece ser o dono do restaurante ficou se engraçando para cima de nós. No final, ele até explicou que era um pouco brincalhão demais e nos presenteou com alguns daqueles docinhos árabes típicos, embrulhados em papel alumínio, para levarmos para casa.
No dia seguinte, a Marina queria continuar arrumando as coisas para a viagem (o que não faltava era coisa pela arrumar, tanto que precisamos comprar a mala de zebra) e eu fui fazer o meu passeio pelo cemitério do Père Lachaise, a três quadras do studio. Eu pensei: dou uma volta rápida no cemitério, vejo os túmulos dos famosos e volto. Santa ignorância de turista desinformada. Aquilo é maior que Bela Vista de Minas! Atravessei o cemitério sem achar nenhum famoso, mas vi umas coisas interessantes, como um corvo comendo alguma coisa, o que me pareceu bem tétrico.









Peguei, na portaria oposta àquela em que entrei, um mapa, e aí sim, comecei a encontrar os túmulos que me interessavam.

Oscar Wilde


Edith Piaf


Chopin


Rossini


Haussman (cada dia fico mais fã desse cara)


Jim Morrison


O túmulo de Heloísa e Abelardo estava em obras, mas fotografei assim mesmo.



Vi também alguns monumentos e túmulos de desconhecidos, mas que achei lindos ou curiosos, como o de uma menina de 13 anos, e o de uma Mayrink Veiga, sobrenome quatrocentão do Brasil.









Nem com o mapa (lembram do meu senso de orientação?) eu consegui achar os túmulos de Balzac e Lyotard... Mas vejam o amiguinho que fiz no cemitério. Bastou um carinho para ele virar de barriga para cima, querendo mais :-)



Na avenida principal (sim, tem uma avenida no cemitério), havia uma exposição de fotos de cemitérios em todo o mundo. E não é que tinha um do Brasil, no interior do Ceará?




Voltei para casa e nós almoçamos a comida do restaurante libanês da véspera. Cochilei um pouco, enquanto a Marina continuava a arrumação de malas. Quando acordei, convenci a Marina (ela estava com o estômago um pouco abalado, talvez por causa da comida libanesa) a fazer um programa light, um passeio de barco de uma hora pelo Sena.
Pegamos um barco da empresa Vedettes de Paris, atrás da Torre Eiffel, ao preço de 11 euros por pessoa. Me arrependi de não ter comprado o ticket de 16 euros, que inclui algo para degustar (três opções: uma taça de champagne, um crepe e uma bebida quente ou uma taça de vinho e chips), pois daria um charme especial ao cruzeiro. Foi bem legal! E, ao final, nos ofereceram a imperdível oportunidade de comprar uma foto nossa no barco por apenas 10 euros (eu já disse que esse pessoal sabe mesmo como explorar um turista?). Comprei, é claro! Mas quanto mais olho para ela, mais penso: preciso fazer uma dieta urgentemente!
As fotos do passeio mostram lugares já postados no blog, mas agora vistos a partir do Sena. Tem uma também de minha nova fixação, os corvos (será a Maga Patalógica que há em mim aflorando?) e uma da Marina, para variar dormindo :-)


















Ao chegarmos ao studio, o proprietário, que mora no apartamento embaixo, nos presenteou com uma garrafa de Pomard 2007. Eu não entendo nada de vinho, mas bebi e gostei. Gentil, ele, não? Sei que, depois disso, apaguei, como diz a Marina, de com força. Mas acordei de madrugada e praticamente não dormi de novo. Adivinhem o que fiquei fazendo? Escrevendo blog...

4 comentários:

  1. Finalmente apareceu o tal francês e Bela Vista de Minas (já disse que este encontro ia dar o que falar!!!
    claudia

    ResponderExcluir
  2. E o frances? Site interessante.
    As passages sao o maximo, né?

    ResponderExcluir
  3. Xina,
    oh, amiga avoada. Esqueci q vc postou as fotos da caixa linda. Marina é muito habilidosa.
    Vcs estao otimas nas fotos.
    abs,

    ResponderExcluir