domingo, 26 de setembro de 2010

Descobrindo Lisboa a pé

No hostel, trabalha um grupo de romenas, que cuida da preparação do café da manhã e da limpeza. Algumas delas falam bem o português, outras nem tanto, mas elas são super simpáticas. No café da manhã da sexta-feira, dia 17, elas fizeram crepe, que a gente recheava com mel, geléia ou Nutela. Estava uma delícia. Alimentada, voltei para o meu quarto e fui preparar o post que carreguei no dia seguinte, enquanto aguardava dar 11h, para me agregar ao grupo que faria um passeio a pé pela região (o hostel promove esse passeio toda terça e sexta), guiado pelo chef Antônio, que antes de ser chef era relações públicas e promotor cultural. Ele é esse moreno, de camisa azul claro e óculos escuros.


Saímos um pouquinho depois do horário marcado, porque ficamos esperando uma brasileira que se atrasou (não sei por quê, mas em Lisboa nós, brasileiros, temos fama de funcionarmos com um tempo diferente :-). Atravessamos a estação do metro (assim mesmo, sem acento e paroxítona) que existe quase em frente ao hostel (que fica no Baixo Chiado) e subimos uns quatro ou cinco lances de escada rolante da estação, para chegar à parte mais alta da cidade, começando nosso passeio pelo Largo do Chiado, no Alto Chiado. Essa região era (aliás, ainda é) muito freqüentada por intelectuais e artistas. Ali existem vários cafés, inclusive o A Brasileira, em frente qual há uma estátua do Fernando Pessoa, sentado a uma mesa, com uma cadeira vazia, como que esperando um amigo para uma bebida.




O nome Largo do Chiado se deve a esse cara da estátua, o poeta António Ribeiro, conhecido por O Chiado, morador do local.

Visitamos alguns pontos turísticos da região, inclusive o Largo do Carmo, onde ficam as ruínas do Convento do Carmo (lindas!), destruído pelo terremoto de 1755, que não foi reconstruído e hoje funciona como museu (eu voltei lá depois para visitá-lo). O Largo do Carmo foi o palco principal da Revolução dos Cravos, em 1975.







Fomos até a plataforma do elevador de Santa Justa, de onde se tem uma bela visão da cidade.



Visitamos a Igreja de São Roque, onde é possível ver boa parte do ouro que foi tirado do Brasil pelos portugueses, e o museu que ali funciona. Dessa parte da visita em diante, eu não tenho fotos, pois a bateria da máquina descarregou (e eu lá lembro de recarregar bateria...). Estou aguardando que o Leo, outro brasileiro que conheci no hostel (o namorado da brasileira atrasada), envie as fotos do passeio para mim, mas ele ainda ia viajar para alguns outros lugares antes de fazer isto.
Depois de visitar esses locais, fomos pegar o eléctrico 28 para visitar a região da Alfama (eu tinha ido lá dois dias antes), onde vimos algumas atrações e depois fomos almoçar em um restaurante típico, desses que têm fado à noite. Comi um bacalhau feito à moda tradicional e provei o polvo frito (bom, muito bom!) do meu vizinho de mesa. Tudo, é claro, regado a vinho.
Dali, fomos para a Garrafeira (adega) da Sé, fazer degustação de vinho do Porto. Como vocês já sabem, minha resistência a álcool é mínima, e eu já havia tomado vinho no almoço, assim só consegui provar um pouquinho do tinto, sem conseguir degustar o branco (eu nem sabia que existia vinho do Porto branco). Mas aproveitei para comprar umas miniaturas do vinho, metade tinto e metade branco, para dar de presente.


Eu estava adorando Lisboa e arrependida por ter deixado apenas 5 dias para ficar ali. Quando voltamos para o hostel, fiz uma tentativa de prolongar minha estada na cidade, mas o quarto individual em que eu estava já tinha reserva para quando eu saísse, e eles só teriam vaga em quarto de oito pessoas. Aí não dá, né, eu já passei dessa fase de muvuca :-)
O passeio foi feito debaixo de sol muito forte e eu estava com um certo mal-estar, talvez por isso, talvez por causa do vinho. Resolvi tirar um cochilo e, mais tarde, desci para o jantar. Vejam como ele acontece, com todos em volta de duas mesas grandes, o que promove uma boa integração entre os hóspedes, que vêm dos lugares mais diferentes do mundo.





E esse gato é o barman do hostel.

Um comentário:

  1. O bom desses post é que mesmo passados 3 anos ainda são de grande utilidade - obrigado pelas dicas. Pretendo ir em setembro.

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