segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Museu de graça em Paris

Todo primeiro domingo do mês, vários museus parisienses liberam o acesso gratuito às suas coleções. Hoje era o primeiro domingo de setembro e eu, é claro, não ia perder essa oportunidade. Fiz uma relação de oito que eu achava que valeria a pena ver, mas que não estão entre os mais procurados. Louvre, por exemplo, nem pensar, pois ele já fica lotado quando cobra, ainda mais de graça.
Planejei sair de casa ali pelas 9h, mas dormi demais e acabei saindo só às 10h30, indo diretamente, de metrô, para o Museu da Idade Média, o Museu de Cluny. Andei no museu por mais de duas horas, usando um daqueles audioguias, como o de Versailles, por cujo uso paguei 1 euro. Para mim, que adoro saber sobre história, foi um prato cheio. É possível ver, no local do museu, umas termas que existiam ali no tempo do império galo-romano.







Não fiquei tirando fotos do acervo, porque não ia ter blog que chegasse, mas vocês podem ter uma idéia do que eu vi pelo site do museu. Só para dar água na boca, aí vai uma imagem que peguei na web, de uma das tapeçarias mais famosas que tem lá. É um museu que muita gente não conhece e que vale apena visitar.


Ao terminar a visita, fui caminhando pelo Boulevard Saint-Germain para o Museu Delacroix. Parei em um croissanteria para comer um sanduíche e na igreja de Saint-Germain-des-Prés, para fazer umas fotos. Encontrei três jovens brasileiros que tinham tentado ir ao Louvre e desistiram, de tão cheio que estava. Eles estavam meio perdidos em relação ao metrô e dei uma consultoriazinha para eles. Aliás, já virei consultora oficial de turistas perdidos, especialmente brasileiros e americanos. Isso é ser parisiense :-)




Atrás da igreja, existe uma pequena praça chamada Sarte-Beauvoir (coisa mais existencialista!), onde tinha um grupo de músicos tocando jazz.



O Museu Nacional Eugène Delacroix é dedicado à obra desse pintor e ocupa a casa em que ele morou por muitos anos e onde morreu. Nos fundos da casa, fica o ateliê do artista e um jardinzinho super gostoso. É um museu menor, mas com um acervo relevante, para quem, como eu, gosta de arte. Eu já havia visto um conjunto de obras de Delacroix no MASP e gostado muito, daí a minha escolha.




Saindo dali, já pelas 16h, fui pegar o metrô para ir ao Museu do Quai Branly, dedicado às artes da África, América (tem várias peças do Brasil), Indonésia e Oceania. No caminho do museu, mais lugares interessantes, inclusive um monumento que é a réplica exata da chama da Estátua da Liberdade, de Nova Iorque (que por sinal foi um presente da França, como nosso Cristo Redentor). Esse monumento acabou virando um ponto de homenagem à princesa Diana, porque o acidente que provocou sua morte foi ali pertinho.





E reparem na “parede vegetal” de um prédio ao lado do museu. Eu já o havia visto na TV brasileira, em uma matéria sobre jardins verticais, que parecem estar na moda por aqui.




Ao fim da visita ao museu do Quai Branly, eu já estava morta e peguei o metrô para voltar para casa. Gente, ser culta cansa... O escritório de turismo informa que Paris tem 173 museus (mais 171 igrejas e 31 monumentos) e eu só consegui ver 3 nesse domingo. Ainda faltam 170 para eu visitar. Não vai dar para voltar para o Brasil tão cedo :-)
Indo para o metrô, dei mais uma passada na torre Eiffel, na esperança de que a fila para subir estivesse menor. Sem chance! É capaz de eu voltar sem ter feito isso, pois já passei da fase de ficar horas em fila...
Aproveitei para comprar, na estação do metrô, um passe Navigo Découverte semanal. Até agora, como eu estava fazendo aquelas pequenas viagens para fora de Paris e, quando aqui, geralmente saia pela manhã e só voltava à noite, gastando apenas 2 tickets de metro por dia (é claro que houve algumas exceções), achei mais tranqüilo comprar os carnês de 10 tickets, que custam 12 euros (o preço de um ticket avulso é 1,70 euros). Mas essa semana, em que vou trançar entre museus, vou usar bastante o metrô, por isso fica mais vantajoso comprar o passe semanal (existe também um mensal, mas ele é válido entre o primeiro e o último dia do mês, e eu já cheguei aqui no meio do mês), que custa 18,35 euros (mais 5 pelo cartão) e permite uso ilimitado de metrô, ônibus (aliás, eu não andei de ônibus aqui nem uma vez, porque o metrô, ao contrário do de BH, vai a todo lugar, e mais rápido) e RER, dentro da área de Paris (zonas 1 e 2; para outras áreas, o preço é diferente). É preciso colar no cartão uma foto tamanho 3 x 2,5 (bizarro!), que eu já trouxe pronta do Brasil, e preencher seu sobrenome e nome. Feito isso, ele funciona como o cartão BH Bus, bastando encostá-lo no leitor apropriado.
Agora à noite, pela TV, vi que está sendo convocada uma greve dos transportes para o dia 7. Eu pretendia começar a usar meu Museum Pass nesta segunda, 6, mas vou deixar para depois da greve. Como ele é para 4 dias, usarei na quarta, quinta, sexta e sábado (8, 9, 10 e 11), para ter menos problemas com o deslocamento.
A Marina me ligou, já de BH, para me dizer que nossa casa tinha sido invadida e meu notebook roubado. Isso aconteceu uns 10 dias depois de viajarmos, mas meus irmãos não quiseram me avisar, para não me deixar preocupada. Como parece ter sido levado só o notebook (mesmo porque lá em casa não tem muito mais o que roupar, tipo jóias e dinheiro), e eu copiei todos os meus arquivos para o netbook antes de viajar (coisa de obsessivo), nem pretendo me preocupar com isso enquanto estiver aqui. Marina que se vire!
E, enfim, consegui colocar o blog em dia! UFA!

2 comentários:

  1. Só ontem entrei outra vez no blog depois que mudamos prá Suécia. Fiquei horas me atualizando. Na verdade a idéia de ir passar uns dias com voce foi interessante até que lí sobre sua alegria em estar sem a Marina. Desistí na hora!
    Voces blogueiros são animados prá caramba, né? Prefiro a parte boa que é ler.
    Amo Paris e estou viajando em seus posts.
    Sonho realizado?
    Beijo

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  2. Ana,
    Realizado, não. Vir com a Marina me deixou em dívida comigo mesma: preciso ficar 30 dias sozinha em Paris, para dar tempo de ver tudo que eu quero :-) Um abraço.

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