quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Um rei apaixonado por uma montanha (agora do Brasil)

Gente, este post eu preparei ainda em Lisboa, mas acabou não dando tempo de carregá-lo lá. É que eu tinha pouco tempo na cidade e muita coisa para ver, aí preferi bater perna em vez de ficar no computador :-) Assim, meus últimos dias em Lisboa serão relatados daqui de BH.
Quando esteve em Portugal, no ano passado, a Marina gostou muito de um passeio que fez a Sintra, Cascais e Estoril, lugares bem perto de Lisboa. Procurei informações a respeito e descobri que as empresas que fazem aqui o city tour em ônibus de dois andares também oferecem esses passeios, em ônibus normais, menores. O local de saída dos ônibus é exatamente a Praça do Comércio, pertinho do hostel, por isso eu, na quinta-feira, dia 16, assim que tomei o café da manhã, fui comprar um ticket para essa pequena viagem. O ônibus, da empresa Yellow Bus, sairia às 14h, assim eu tinha tempo para algumas outras atividades, entre elas trocar os cheques de viagem que eu tinha deixado como depósito de garantia com o proprietário do studio. Peguei o metrô (que eles aqui chamam de metro) para ir a uma agência de troca do Banco Português de Negócios, na Av. Fontes Pereira de Melo, 34, perto da praça Marquês de Pombal, então desci nessa praça. Fui caminhando até a agência e nisso descobri que tinha uma estação (Picoas) de uma das outras linhas de metrô bem na esquina do banco. Quem mandou não olhar direito o mapa...
Depois da troca, voltei a pé para o hostel, pois bastava seguir uma avenida longa e larga, a da Liberdade, que é como a Champs Élysées (mas, admito, sem o mesmo charme), cheia de lojas caras, muitas árvores e jardins, fontes, esculturas, praças, cinemas e teatros.










Já na região mais central, o ascensor da Glória, a praça do Rossio e a da Figueira, quase ao lado uma da outra.















Esse é o Teatro Nacional Dona Maria II, e vejam o nome de uma das peças que está em cartaz. Ficou muito estranho, não?




Passei em uma loja de discos ali perto, chamada... Amália, é claro e comprei uma caixa de 4 discos com o melhor da Amália Rodrigues.
E vejam o elevador de Santa Justa.


Bem em frente ao hostel, tem um shopping de seis andares chamado Armazéns do Chiado (isso ajuda a entender porque a Marina gosta tanto desse hostel, não?), em cuja praça de alimentação a Marina havia comido uma comida bem brasileira. Fui almoçar lá, em um restaurante chamado A Brasileira (acho que é uma filial do conhecido café de mesmo nome), que oferecia um “menu picanha”, com arroz, feijão, carne, batata, salada e refrigerante, por apenas.5 euros. Tá bom que a "picanha" era patinho, mas deu para matar a saudade do arrozinho com feijão. E depois a Marina me disse que não era aquele o lugar que indicou. Quando passei novamente no shopping (dá para pegar o elevador, atravessar o shopping e sair em uma parte mais alta da cidade) vi qual era, uma churrascaria chamada Chimarrão, mas não vai dar mais tempo de comer lá, não.


Passei no hostel para escovar os dentes e fui pegar o ônibus para a excursão, o qual vai passando pela parte mais nova da cidade, cheia de prédios e grandes lojas, como uma Leroy Merlin que eu vi.



Sintra é uma cidade medieval, de ruas estreitas, curvas, subidas e descidas. Lá existem alguns palácios, inclusive um chamado Palácio da Pena, do qual o casal que conheci no aeroporto de Orly havia falado muito bem. A excursão tinha duas opções: passar duas horas passeando dentro de Sintra ou fazer uma visita de 1h30 ao Palácio da Pena e ficar apenas meia hora em Sintra. Eu e um casal de irlandeses (Britt e Patrick) fizemos a opção pela visita ao Palácio, que foi maravilhosa. O palácio era um antigo mosteiro e foi comprado e expandido pelo rei Fernando II, apaixonado por Sintra e pela montanha. Ele é mantido como se as pessoas que ali viveram ainda estivessem lá: a mesa posta (inclusive com o pão), a cozinha toda preparada para fazer a comida, todos os móveis e adereços, tudo está lá. E tem uma vista privilegiada da região. Eu adorei essa visita e acho que ela é imperdível!


















Como demoramos um pouco mais no Palácio, a meia hora em Sintra acabou virando 15 minutos, o suficiente apenas para fazer algumas fotos do Palácio da Vila e comprar travesseiros (um folhado recheado de doce cujo formato lembra o dito cujo), queijadas e pastel de nata (o mais famoso é o de Belém, e não tem absolutamente nada a ver com o nosso pastel) na Piriquita, uma das mais antigas casas especializadas em doces regionais de lá. E a estátua é do rei Fernando II e fica em uma praça na saída da cidade, olhando para a montanha que ele tanto amava.





Já saindo de Sintra, o ônibus fez uma parada rápida em Cabo da Roca, o extremo ocidental da Europa, um lugar lindo de morrer.










A parada em Cascais também foi de uns 15 minutos, ou seja, só deu para fazer umas fotos e não conhecer absolutamente nada.














Em Estoril, nem paramos, foi só na base do “aquilo que passou foi o cassino”. É por isso que eu não gosto de excursão, mas desta vez eu não tinha tempo para fazer tudo por minha conta.


Retornamos a Lisboa. O jantar no hostel foi a tradicional sopa, seguida de lasanha à moda do Antônio (o chef), que era mais temperada e usava paio no recheio, e... esqueci a sobremesa.

2 comentários:

  1. Xina,
    Já estou sentindo falta da "nossa" viagem. Adorei o blog, comentários e fotos. Aguardo para breve outra aventura.
    Cláudia

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