sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Primeiro dia de Louvre

Quarta, 8/9, dia de iniciar a maratona por museus, com meu Museum Pass de 4 dias. É claro que eu ia começar pelo Louvre, não? Lá fui eu, debaixo de chuva (depois de dias de tempo bom, choveu o dia inteiro), de metrô. O Louvre tem várias entradas. A principal é pela pirâmide, onde sempre tem uma fila enorme, mas o Museum Pass dá direito a uma entradinha sem fila, no número 93 da rua de Rivoli. Quando eu vi a fila para comprar ingressos e para entrar, pensei que só de ficar livre disso o Museum Pass já valia a pena :-)



Gente, aí vai o meu primeiro conselho para quem quer, como eu, visitar o Louvre, e não só ver as obras top (Mona Lisa, Vênus de Milo etc.): comecem um programa de preparação física. Aquilo é uma enormidade de corredores e salas e um sobe e desce de escadas, portanto é preciso estar muito em forma para conseguir passar por tudo.
E eu logo tive que tomar algumas decisões para a visita. A primeira foi dispensar o audioguia, porque ouvir aquilo toma muito tempo. Para vocês terem uma idéia, enquanto em Versailles os códigos das atrações que têm descrição no audioguia têm 2 dígitos, no Louvre eles têm 4. Eu não sei a regra de formação, mas vi um item cujo código era 8170. Esse é o grande problema do Louvre: tudo lá é superlativo!
Outra decisão foi só ler as informações principais (autor, título, período) sobre os itens. Só quando algum me chamava muito a atenção é que eu lia a descrição completa. Fotografias, eu já havia decidido não tirar dentro dos museus, pois os sites deles na web já mostram o que têm de mais interessante. No caso do Louvre, a visita virtual é muito boa. Mas quanto eu me deparei com o monolito em que está gravado o Código de Hamurabi, não resisti. Afinal, é o mais conhecido registro de leis da antiguidade, escrito naqueles caracteres cuneiformes que a gente aprendeu nas aulas de história. Depois disso, resolvi fotografar algumas coisas de que gostei muito e que não são tão procuradas pelos visitantes.




Eu comecei pela História do Louvre e pelo Louvre Medieval, que mostra, no subsolo, alguns resquícios da fortaleza que havia ali na Idade Média. Achei bem legal. E essa parte é pequena, foi fácil de percorrer.







Comecei então a peregrinação pelos corredores e salas do térreo e do primeiro andar (e sobe e desce escada...). Os pátios com esculturas...




... lindas escadarias.


Os aposentos do imperador Napoleão III, no primeiro andar, são imperdíveis.






Essa penteadeira, não sei por que, me lembrou a Marina :-)


Já se tinham passado 4 horas de vai e vem, as pernas doíam, eu estava com fome, não agüentava ver mais nada e olhava para o mapa do museu e só conseguia pensar no tanto que ainda faltava para visitar. Aí, cheguei à conclusão de que era hora de ir embora dali ou eu teria uma overdose de Louvre. Peguei o metrô e fui para o Museu Rodin, que eu sabia ser bem menor. Além disso, eu já conhecia várias peças do escultor, por ter visto duas exposições dele no Brasil, uma na Pinacoteca de São Paulo e outra na Casa Fiat de Cultura, em BH. Comi um sanduíche no café do museu e comecei a visita pelos jardins, para aproveitar que a chuva tinha parado um pouco. Vejam só o jardinzinho da casa do cara, cheio de esculturas dele.






Essa escultura monumental chama-se A Porta do Inferno. Reparem que na parte superior, tem uma figura que é O Pensador em menor escala. A versão grande dele também está no jardim.



A uns 300 metros do Museu Rodin fica o Hôtel des Invalides, onde estão instalados três museus: o Museu da Armada, o da Ordem da Liberação (dedicado a Charles de Gaulle e ao movimento de resistência aos alemães) e o de Plans-Reliefs, que são maquetes feitas com objetivo militar. Ali tem também o túmulo de Napoleão. Esse foi meu próximo destino. Visitei os dois primeiros museus, mas deixei de lado o das maquetes, porque eu já estava bem cansada. E é claro que fui ver a cripta onde fica o túmulo do megalomaníaco Napoleão. O pátio do lugar estava sendo preparado para uma apresentação da ópera Cármen, que ocorreria no final de semana, dentro do projeto Opèra à Plein Air.
















Eu ainda tinha duas peças de teatro para ver, aí peguei um ônibus até uma estação de metrô e fui para o teatro, encontrar o Ernandes. Gostamos demais das peças, mais da Cantatrice Chauve que de La Leçon. Ao terminar, ele me chamou para ir jantar, mas eu não dava conta de mais nada. Fui para casa e esquentei, no microondas, uma sopa de aspargos em caixinha que eu tinha em estoque, e apaguei.

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