terça-feira, 14 de setembro de 2010

Louvre, parte 3

O sábado, dia 11, era o último dia de validade do meu Museum Pass, e lá fui eu, no ônibus 69, de novo para Louvre, tentar terminar de ver as obras expostas (o Louvre tem uma quantidade imensa de obras guardadas na reserva). E era dia de ver a Mona Lisa, é claro (a Vênus de Milo eu vi na véspera e nem fotografei, gostei muito mais da Vitória da Samotrácia, ma-ra-vi-lho-sa).
No caminho entre o ponto do ônibus e o museu, mais uma igreja, agora um templo protestante.




E começa a visita...




Quando cheguei à sala da Gioconda (o nome da Mona Lisa), o que me chamou mais a atenção foi o contraste. De um lado da sala, essa pintura enooorme, que ocupa a parede inteira, de Veronese (As bodas de Caná).


Na parede oposta, aquela coisinha de nada (em tamanho, não em qualidade e importância) que é a Mona Lisa. E como ainda tem uma proteção para evitar algo como aconteceu há algum tempo, quando a tela foi danificada por uma pessoa, nem consegui fazer uma foto boa com minha maquininha merreca do shopping Oi.



E continua a visita... Os dois quadros a seguir (A Liberdade guiando o povo e A morte de Sardanapale) são do Delacroix (viram como já estou íntima dele?) e bem famosos.



O próximo, também muito conhecido, é do Ingres, e se chama A grande odalisca.


A coroação de Napoleão e Josephine.


E o outro é A morte da virgem, de Caravaggio, que foi rejeitado pela Igreja por retratar a mãe de Cristo como uma mulher que parecia uma prostituta.


E esse agora eu já montei um quebra cabeças com essa imagem, quando eu ainda estava na fase das três mil peças :-)




Três horas dentro do museu e eu notei que já não estava mais prestando a atenção no que via, sintoma de overdose de Louvre. Ainda faltava ver grande parte do segundo andar, mas achei melhor desistir e deixar para a próxima viagem. Ou seja, eu precisava de quatro visitas para ver o Louvre inteiro.
Almocei no mesmo restaurante da véspera, desta vez comendo costeleta de porco com cenouras e ratatouille. Peguei macarons de sobremesa (Marina, discordo da Ana, o do Ladurée é muuuito melhor).
Depois peguei o metrô para ir ao Centro Pompidou, no Beaubourg. É claro que tinha uma igreja (de Saint-Merri, santo do qual eu nunca ouvi falar) no caminho, bem ao lado do centro. Fotografei as gárgulas, figuras monstruosas que adornam os monumentos (viu, Nina?). As da catedral de Notre Dame são famosas.






O Centro Pompidou chama a atenção pela estrutura em aço e vidro e pelos tubos coloridos ou de transparentes. Ele fica em uma praça bem diferente, com peças móveis no laguinho.




O centro é dedicado à produção artística contemporânea. Este manto, de Etienne-Martin, me lembrou os trabalhos do Arthur Bispo do Rosário, nosso artista esquizofrênico-paranóide.



E este vídeo feito pela Yoko Ono chama-se Four e mostra bundas (bundas mesmo) de pessoas sentadas sobre um espelho. Doido demais!



Já as figuras dessa obra me lembraram personagens do seriado Jornada nas Estrelas, aquele antigão que passava na TV, que eu adoro.



Terminei a visita exausta, e ainda tinha o teatro à noite. Fui para casa, descansar um pouco e me arrumar. Passei na padaria e a mulher nem me esperou pedir e já me entregou a demi-baguette. Virei cliente habituée :-)
Fui para o teatro. Confesso que não consegui entender tudo que eles diziam, mas deu para rir bastante. Voltei de metrô, sozinha, sem medo. E parei no banco postal da esquina, para pegar meus últimos euros do VTM. Inconcebível fazer isso às 11 da noite em BH, não?

Um comentário:

  1. Xina,

    Que incrível! Essas figuras monstruosas que adornam os monumentos estão por toda parte! Aqui em Colônia, por exemplo, temos na principal Catedral da cidade essas mesmas peças, que são figuras monstruosas típicas usadas como adornos em contruções da época. Sensacional!

    Aproveite bastante seus últimos dias. E conte pra gente depois. Tenha uma boa viagem de volta ao Brasil. Suas histórias vão deixar saudades...

    Beijos,

    Nina

    ResponderExcluir