sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O luxo de Versailles

Reservamos a quarta, 25, para conhecer o castelo de Versailles. Primeiro conselho para quem quiser fazer o mesmo: vá o mais cedo que puder, porque é coisa demais para ver. Eu tive que abrir mão de visitar o Grand Trianon, porque já estava na hora de fechar, e isso me deixou bastante frustrada. Aquele pessoal do Open Tour (imagino que outras empresas também) tem excursões diárias para o lugar, mas é muito fácil ir por conta própria. Pegamos o metrô para a estação de Montparnasse e lá o primeiro trem que saía para Versailles-Chantiers (11h13, como não podia deixar de ser; e tem de 5 em 5 minutos; preço: 3,05 euros). O trem para em vários locais, mas em meia hora estávamos na cidade. Na saída da estação de Versailles, passamos pela primeira vez por uma fiscalização para verificar se tínhamos o bilhete de transporte (nós vimos muita gente dando o cano no metrô, inclusive um rapaz que entrou de “carona” com a Marina).
É possível pegar ônibus da estação para o castelo, mas aconselho a caminhada (10 minutos), pois a cidade é muito bonitinha e, no caminho, a Marina acabou comprando um tênis tipo All Star, super feminino, por apenas 9 euros (vamos ver se ele sobrevive à primeira lavada :-). Na própria estação, compramos um sanduíche e um refrigerante e fomos comendo pelo caminho. É só seguir as setas que indicam Château. A foto a seguir é da prefeitura de Versailles, pela qual passamos. Gracinha, não?


Chegando ao Château, entra-se em uma fila bem grande (isso porque, segundo o Ernandes, essa é uma época em que tudo está mais vazio) para comprar ingressos. Quando estávamos nessa fila, uma funcionária chegou explicando que havia outra possibilidade de compra de ingresso, praticamente sem fila, por um euro a mais, que incluía uma visita guiada a alguns aposentos que não faziam parte do circuito normal. É claro que eu acatei essa sugestão e estranhei demais o fato de quase ninguém fazer isso. A compra desse ticket é feita no prédio exatamente oposto ao da fila, e quase ninguém sabe disso, por isso fica aí a dica. A menina do guichê de informações desse local me desaconselhou comprar a visita combinada do castelo e dos domínios da Maria Antonieta (os Trianon e a vilazinha) porque provavelmente não daria tempo de fazer tudo, aí peguei só o do castelo. Faltavam 1h30 para a visita guiada e fomos fazer o circuito normal, com o audioguide, um aparelhinho que eles programam para a língua que você escolher (o português de Portugal satisfaz) e no qual você tecla o número da sala em que está e ouve a descrição do local. Bem prático.


O castelo é um luxo só e enorme, por isso lembrem-se de usar calçados confortáveis. Vimos uma mulher de saltão e bico fino, e não imagino como ela deve ter conseguido fazer o passeio. Depois fomos para o local de encontro com a guia (o mesmo lugar em que comprei os ingressos) e fizemos o circuito privado. O lustre da foto seguinte, de estilo bem diferente de todo o resto do castelo, é dessa sala onde fomos nos encontrar com a guia.


Como disse a Marina, que não entendia o francês da mulher (é possível optar pelo inglês, mas eu gosto de treinar meu francês), ela poderia ter cortado a fala pela metade, mas aprendi um bocado ouvindo. Só que, ao terminar, já estávamos mortas, e ainda queríamos conhecer os jardins, imensos.










Paramos no café, no qual é possível fazer um lanche a preços razoáveis. Comemos um quiche muito bom e um waffle com chantilly, gostoso demais, e uma coca, por cerca de 17 euros (para as duas).



Uma dica muito útil para este passeio: do lado de fora do castelo, a gente vê uma fila bem grande para o banheiro. Isso ocorre também dentro do castelo, no banheiro oficial. Não entrem nessas filas. Dentro do castelo, foi montada uma estrutura de banheiros em containers, que ficam praticamente sem filas e são bem, segundo palavras da Marina, dignos. Ou deixem para usar o banheiro do café.
Para quem não consegue mais caminhar, que era o nosso caso, existem algumas opções para visitar os jardins do castelo: alugar uma bicicleta (só na parte baixa), alugar um carrinho, contratar uma charretinha puxada por bicicleta (também só na parte baixa) ou fazer o passeio de trenzinho, que foi a minha escolha. Nesse caso, é possível descer em três pontos (o Grand Trianon, o Petit Trianon e o Grande Canal) e pegar outro trem depois, mas já eram quase 18h (as visitas aos domínios de Maria Antonieta se encerram às 18h30) e decidimos só dar a volta de trenzinho, sem parar. Mas eu não resisti: desci no Petit Trianon, onde a Maria Antonieta foi morar depois que se cansou das intrigas da corte, e comprei o ingresso para a visita, que fiz super rapidamente. Como é um museu bem pequenininho, deu para ver tudo e ainda passear na ilha do Amor, nos jardins. Numa próxima visita que eu puder fazer a Versailles, vou começar por essa área.






Peguei o trenzinho de volta e encontrei a Marina no jardim próximo ao castelo, que tem dois lindos lagos com aves que me pareceram ser gaivotas. Essas fotos dos jardins, ela fez enquanto eu estava no Petit Trianon.





Caminhamos de volta para a estação e, como as bilheterias já estavam fechadas, compramos o ticket na maquininha, que só aceita cartão bancário com chip (o meu não tem) ou moedas (para minha sorte, eu tinha um monte). Já na plataforma de embarque, quando chegou um trem, perguntamos a um rapaz que estava ao nosso lado se aquele era o trem para Paris. Ele respondeu que sim, mas disse que em cinco minutos chegaria outro, que não fazia paradas. Resultado: gastamos meia hora para ir de Paris a Versailles e 10 minutos para fazer o sentido inverso. Chegando à estação, ainda aproveitamos para retirar os tickets da viagem para Bruxelas, a qual faríamos no dia seguinte e cujas passagens eu havia comprado pela internet, devendo retirá-las nos guichês ou máquinas da SNCF. No entanto, as máquinas pedem que passe o cartão com o qual realizou a compra e só aceita aqueles que têm chip. Então, acabamos indo ao guichê da companhia e encarando uma pequena fila. Gente, quando chegamos ao studio, estávamos simplesmente mortas!

Um comentário: