sábado, 21 de agosto de 2010

... se perde também em Colônia

Este texto era para ter sido postado ontem, mas era o dia do casamento e não deu mesmo tempo de fazer isso, portanto vai agora.
Na quinta-feira, o trem, muito confortável, partiu de Paris pontualmente às 6h25. Logo depois, vem um funcionário da empresa validar as passagens (isso acontece depois de cada parada do trem), fazendo aquele furinho nela, como no Brasil. Apesar da velocidade do trem, é possível, sim, ver a paisagem, mas eu apaguei logo e só acordei quando o trem parou em Bruxelas, cerca de uma hora depois. É tão perto, que estou até pensando em ir passar um dia ali. O trem para também em Liège (Bélgica) e em um outro lugar cujo nome eu esqueci (vi na volta: Aachen, ou Aix-la-Chapelle), onde ficamos parados por um tempo maior, por causa de um problema com outro trem
Chegamos pontualmente em Colônia. Aliás, acho que o trem chegou um minuto adiantado, apesar do atraso para sair da tal estação. A noiva (também Marina, a quem chamamos de Nina, para diferenciar) e a mãe já estavam nos esperando. Ali mesmo a Marina entregou o presente de casamento, uma caixa para guardar fotos, feita por ela, seguindo o padrão de identidade visual do convite. O convite foi criado por um amigo da Marina, o Ronei, que tem idéias ótimas, e ficou super diferente e bonito. Ele passou os arquivos para a Marina, assim ela teve como produzir a caixa usando o mesmo padrão.



A estação do trem (Hauptbahnhof) fica bem no centro de Colônia, na praça da Catedral. Se eu fiquei deslumbrada, em Paris, ao sair do metrô e ver o Arco do Triunfo, imaginem passar pela porta dessa estação e dar de cara com a grandiosidade da Dom (como ela é chamada). É indescritível! Só posso dizer que me senti minúscula. A Nina disse que a catedral levou 600 anos para ser construída e está sempre passando por alguma obra de recuperação (havia andaimes em vários locais). E que, para sustentá-la, há uma estrutura subterrânea da mesma altura da nave principal (não da torre, é claro). No interior, há lindos vitrais e uma urna em que, diz a lenda, estão os restos mortais dos Reis Magos, Mas o que me chamou mais a atenção foram os dois órgãos de tubos, um deles suspenso, sustentado por cabos de aço. A foto que fizemos do órgão ficou muito escura, por isso só postei uma do vitral. Depois, vou pedir a Marina para dar um trato nela com o Photoshop (sou um zero à esquerda no uso desse programa) e posto.


Pronto, agora a foto já levou um trato. Ainda está um pouco escura, mas dá para ter uma idéia do que eu disse: o órgão não está apoiado em nada, apenas pendurado.


Era um pouco depois de 10h e o check-in no hotel só poderia ser feito ao meio-dia, portanto fomos dar umas voltas pela cidade, arrastando a minha malinha de mão. Vimos a parte mais antiga, com construções bem típicas, algumas de mais de 600 anos. Como eu estava com fome, paramos numa barraca que vendia cones com batatas fritas (num corte diferente dos que usamos, que são o formato chips ou palito), dessas que ficam torradinhas do lado de fora e macias por dentro. Uma delícia!


Depois, chegamos a uma área de lojas, e recomeçou o meu suplício: a Marina correndo atrás dos produtos de beleza e maquilagem :-) Mas acabei comprando ali umas lembrancinhas do gênero. Já estava perto da hora de ir para o hotel, onde nos encontraríamos com o noivo, Mário. Pegamos o metrô, e não é que ele estava lá, no mesmo vagão? Fizemos o check-in, passamos rapidamente pelo quarto e saímos de novo, para almoçar. Fomos a pé, conhecendo mais um pouco a cidade e almoçamos em um restaurante... italiano. Pedi uma massa a carbonara e a Marina mais uma com cogumelos. Os pratos eram individuais, com muuita comida. Depois de comer, os noivos iam buscar mais alguém na estação, a Marina queria continuar o périplo pelas lojas e eu, é claro, queria dormir, por isso resolvi voltar sozinha para o hotel. O Mário me explicou o caminho mais simples, que era seguir reto até não ter mais jeito de fazer isso e aí virar à direita, que já era a avenida do hotel. Mais fácil não poderia ser, mas com meu maravilhoso senso de orientação, não deu outra: me perdi completamente. E sem falar alemão (eu até estudei essa língua por dois anos, mas isso foi em 91-92, sem praticar depois, e agora só consigo dizer bom dia, boa noite, por favor e coisas desse tipo), sem ter o endereço do hotel, só o nome, e com a bateria do celular acabando. Perfeito, não? Mas consegui me virar, sempre em inglês: primeiro perguntei a um motorista de táxi, que me disse para subir uma rua, chegar a uma igreja e depois virar à esquerda. Como essa igreja não chegava, perguntei a uma mulher, que desenhou para mim um esquema do trajeto (gentil demais, não?). Como nem assim eu chegava, parei em uma sorveteria e perguntei a um rapaz que trabalhava lá. Graças a meu inglês fluente e sem sotaque, ele virou para mim e perguntou: Brasileira? O cara era carioca e me explicou detalhadamente o caminho que deveria seguir. Não é que assim eu consegui chegar? Portanto, fica aqui o meu conselho: não se metam a sair sem o endereço do lugar para onde precisarão voltar. Melhor ainda: levem junto um mapinha do trajeto.
À noite, quando todos os brasileiros que vieram para o casamento já haviam chegado (no hotelsão dezesseis, mais uma criança), fomos jantar com os noivos e os pais deles em uma cervejaria típica, ao lado da Catedral (ela merece letra maiúscula), chamada Dom Gaffel. Como entrada, comemos uma torta de batatas (aquilo que conhecemos como batata rosti) com purê de maçãs, bem gostosa. Como prato principal, a sugestão dos noivos foi o joelho de porco (einsbein) com chucrute e purê de batatas, bem típico, mas o prato é enorme, por isso optei por uma salada quente de batatas com almôndegas. Quando a comida chegou, eu já havia tomado duas taças de prosseco e nem lembrei de fazer fotos dos pratos. Foi uma noite bem agradável e, ao final, resolvi comprar dois copos da cervejaria para dar de presente para meu pai e meu irmão. Não que eles me deram os copos de brinde? Tudo de bom!

Um comentário:

  1. Ei, Xina! Estou morrendo de rir ate agora da sua batalha para encontrar o hotel em Colonia e do carioca que apareceu do nada.... ahuahuahauhau Estou adorando o blog! Nao vejo a hora de encontra-las. De um beijo na Nina, por favor. E outro grande para voces. Ate o proximo fim de semana!!! =D

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