sábado, 28 de agosto de 2010

Comendo batatas fritas e waffle em Bruxelas

Já com os bilhetes, que pegamos na volta de Versailles, na mão, lá fomos nós, na quinta, 26, para a Gare du Nord pegar o trem para Bruxelas. Como agora já sabíamos o esquema de funcionamento do embarque, deu para sair mais tarde de casa: o trem era às 8h01 (não me conformo com esses horários) e saímos às 7h15, pois a Gare du Nord está a apenas 7 estações de metrô daqui. Não levamos bagagem alguma, apenas uma pashmina de reserva dentro da bolsa. Pegamos fiscalização no metrô tanto na ida quanto na volta. Paisagem? Não vi nada, pois apaguei de novo.
Chegamos em Bruxelas perto de 9h30 e, confirmando previsão da BBC, bastou colocarmos o pé fora da estação para começar a chuviscar. Seguindo orientações do vendedor de uma loja na estação, onde comprei um guia da cidade, desses bem simplezinhos, caminhamos por uma avenida chamada Avenue de Stalingrad/Stalingradlaan (todas as ruas e monumentos têm nome duplo, em francês e neerlandês, a segunda língua oficial deles) até chegar à Praça Grande (Grand Place/Grote Markt), o point da cidade. Lá tem um escritório de informações turísticas muito bom, em que são dadas dicas valiosas e distribuídos mapas da cidade. Quando fomos para Colônia, a Marina tinha a expectativa de encontrar uma cidadezinha européia típica dessas que vemos em cartões postais ou em imagens na web, mas Colônia é uma cidade grande, tendo apenas um núcleo preservado. Pois Bruxelas matou essa vontade dela: a praça é igualzinha ao que ela imaginava e a maior parte da cidade também.






Bruxelas tem três comidas consideradas típicas, a batata frita (a french fried é, na realidade, belgian fried :-), o waffle e... chocolate. Entre as dicas que recebemos no escritório de informações turísticas, descobrimos onde encontrar boas versões dos três. A melhor batata é a do quiosque Chez Antoine (eu até havia visto uma matéria sobre ela na aula de francês), mas ele ficava um pouco longe, aí nos indicaram uma a poucos quarteirões dali. E nos mostraram a diferença entre o waffle de rua, que fica pronto e é esquentado quando comprado, e vendido com várias coberturas, e o tradicional, feito na hora e coberto apenas com açúcar. Como já eram mais de 11h, e estávamos com fome, fomos caminhando (a cada passo víamos um prédio antigo, uma igreja e outras coisas interessantes) até o local da batata frita, mas eles só abriam perto do meio dia. Aí, para esperar, comemos o primeiro waffle de rua que encontramos, mas com cobertura de açúcar, para ficar mais típico. E achamos ótimo :-)




Caminhamos mais um pouco, entrando inclusive em supermercados, para ver preços de chocolates. Não é que caímos em um Carrefour que cobra pelo uso carrinho...


Só um parêntesis: a bolsa da Marina é enorme, e sem divisória. Vejam o processo de encontrar algo dentro daquele buraco negro.


Voltamos para tentar a batata frita. O lugar se chama Mannekan Frites, e fica na rua do Midi, pertinho da Praça Grande. Lá eles servem sanduíches, todos com batatas fritas no meio, e alguns pratos com batata, salada e carne. Optamos pelos pratos, com a Marina escolhendo algo que parece uma salsicha crocante de frango moído e eu um espetinho de frango com tempero espanhol, que eles chamam de dinde. A comida estava boa e foi bem em conta, cerca de 8 euros cada prato.



Nosso passeio a pé pela cidade continuou, e quando vimos, estávamos na região das cadeias de lojas (por que será que mulheres sempre acabam nesses locais?), as quais, pelo jeito, estavam em época de liquidação. Fizemos uma farrinha bem econômica por lá. A Marina, por exemplo, comprou um vestido super legal, na Zara, por 8 euros (~20 reais). Uma pechincha, não?
Tínhamos caminhado bastante e o estômago já reclamava de novo. Procuramos, então, o local que haviam nos indicado para comer o waffle feito à moda caseira, num restaurante de nome Mokafe, na Galeria Real Saint-Hubert, um conjunto de lojas elegantes e charmosas que liga as ruas Du Marché aux Herbes e de l’Ecuyer.


Pedimos um waffle tradicional, só com açúcar, e um com morangos e chantilly (que é servido separado) e depois partimos os dois, para que pudéssemos provar os dois tipos. Gente, aí entendemos a diferença entre o waffle de rua e o tradicional. Esse último era simplesmente divino.




Voltamos para a Praça Grande (ela estava ainda mais bonita, sem chuva), e aproveitamos para comprar alguns chocolates em uma das muitas chocolaterias de grife que existem por lá, a Neuhaus.


Depois compramos alguns mais conhecidos, e menos sofisticados, para dar de presente. Faltava então, conhecer o principal símbolo da cidade. Desde nossa caminhada inicial, vimos muitas vitrines com um bonequinho representando uma criança nua, com o pênis em vários modelos e usos (sacarrolhas, por exemplo). Achamos de muito mau gosto, tipo uns similares que temos no Brasil. Pois descobrimos que esse era o principal símbolo de Bruxelas, um menino que, segundo a lenda, apagou com xixi um incêndio que poderia ter destruído a cidade. Existe, também perto da Praça Grande, uma pequena (pequena mesmo, cerca de 60 cm de altura) estátua desse menino, com água jorrando pelo pênis. Essa estátua tem um guarda-roupa variado e é vestida de acordo com a ocasião. Entretanto, talvez por ser verão, ele estava nu. E continuamos achando-o de muito mau gosto.


Como já estávamos exaustas, pois eram cerca de 18h e tínhamos começado a caminhar às 9h30, pegamos um táxi para nos levar à estação. Lá, ainda compramos alguns potes do chocolate Lindoor, da Lindt, cujo preço estava muito melhor que o do freeshop de Confins (10 euros contra 33 dólares). Quando embarcamos, para variar, eu apaguei, antes mesmo do trem partir :-)
E a chuvinha de Bruxelas provocou um resfriado na Marina. Sabem aquela farmacinha que eu trouxe? Pois é, o Superhist do estoque já está quase acabando...

9 comentários:

  1. Oiiii xina...
    Nossa que chique heim...mostrei para mamãe, e ela adorou!!!bju

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  2. Xina e Marina,
    hoje "tirei o atraso" e li todos os posts. Muito bacanas as suas descrições: dá até prá sentir os lugares e os cheiros. Continuem nesta saga, que estamos torcendo e acompanhando aqui de BH-Brasil. Abs. Ronaldo.

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  3. Xina Oreia Seca,

    É só devolver o carrinho que ele devolve a moeda. Não assistiu "O Terminal"?

    Aproveite!

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  4. Uai, Andre', eu nao vi o filme nem usei o carrinho... E estou usando um MacBook e nao sei colocar acento nele :-)

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Xina,
    vi esta notícia e lembrei-me de lhe avisar: passe longe dessa cidade!! Veja o link http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_21/2010/08/30/ficha_verpracrer/id_sessao=21&id_noticia=27973/ficha_verpracrer.shtml

    Abs.
    Ronaldo.

    PS: a propósito, agora são 22:03 aqui em BH/Brasil, mas o post aparece como 18:03. O que estou fazendo de errado? A hora é a sua hora local aí na França?

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  7. Sobre acentos em mac (veja o autor do sw):

    http://brockerhoff.net/usi/index.html

    http://apple-eu.blogspot.com/2008/01/teclado-do-mac-utilizando-acentos-como.html

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  8. Ronaldo: ainda bem que esse lugar não está no meu roteiro :-) E eu também não entendo esse horário. Deve ser do servidor do Blogspot, pois tem vez que eu posto alguma coisa e fica com a data do dia anterior.
    André: voltei pra meu netbook e já tenho os acentos de novo.

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