quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Pobre em cidade chique...

... leva tombo ao correr atrás de ônibus: a quarta-feira amanheceu sem chuva e até teve sol forte em algumas partes do dia. O programa era continuar o passeio no ônibus aberto. Aliás, no post anterior, eu esqueci de dizer que há um outro serviço, Les Cars Rouges, também de ônibus de dois andares, mais barato – 24 euros – mas que só tem um circuito, corresponde a dois do Open Tour, o azul e o amarelo. Saímos do studio por volta das 10h e fomos a pé até a praça da Bastilha, que fica a cerca de 8 quadras do apê, pois lá tem um ponto dessa linha. Aproveitamos para conhecer novos lugares. Vejam o balcão da feirinha de frutas que encontramos no caminho. Lindo, não?


Na praça, fica também o segundo mais importante teatro de Paris, de arquitetura moderníssima, totalmente diferente do Opera Garnier, mas lindo também.



Perto da Notre Dame, nós iríamos mudar para a linha Laranja, para conhecer a torre de Montparnasse. Como o ônibus laranja já ia sair (o outro seria daí a uns 20 minutos) a Marina saiu correndo para pegá-lo e eu saí correndo atrás dela. Escorreguei e levei um tombaço. Levar um tombo em Paris, perto da Notre Dame, um lugar cheio de turista do mundo inteiro, é muito mico! Algumas pessoas correram para me ajudar, mas eu só conseguia pensar: “Tomara que eu não tenha quebrado nada, pois não quero ir para o estaleiro no terceiro dia de Paris”. Resultado: um joelho esfolado e também um pouco inchado. Mas nem por isso deixei de bater perna... Almoçamos em uma creperia (Tiz Breizh, 52 boulevard de Vaugirard) perto da torre, recomendada pelo Conexão Paris como a melhor da cidade, que faz crepes tradicionais da Bretanha (as galettes, que não se parecem em nada com os que crepes que comemos em BH). Eu pedi um à moda do campo, que vem com um hamburger dentro, e guarnecido com ratatuile (cozido de berinjela, abobrinha e tomate). O da Marina era com queijo emental e cogumelos. Para beber, eu pedi Orangina, bem típico por aqui, que parece um desses sucos de laranja feitos com a casca, bem diluído, com uns gominhos da laranja. Foi interessante experimentar o crepe, mas nem eu nem a Marina achamos que vale a pena repetir.


... compra na C&A: ao lado da torre de Montparnasse, há um centro de compras com várias lojas, entre as quais uma filial das Galerias Lafayettes (para a qual eu não encontrei qualquer referência em lugar algum), essa com cara de loja normal, e uma C&A, onde eu fiz a minha primeira compra em Paris: duas pashminas. Isso porque uma custava 7 euros e duas apenas 10. É coisa de pobre, não? Aproveitei para comprar, em uma loja da Orange, uma das operadoras de telefonia celular na França, dois chips pré-pagos (mobicarte) para nossos celulares. Agora, já podemos nos comunicar por toda a Europa, a custo baixo. (eu tinha pensado em comprar o celular descartável da Bic, mas ele custa 49 euros, com 50 minutos de créditos para ligações, enquanto o chip custa 15, com direito a 5 de créditos. Engraçado mesmo foi ver a Marina arrastando a maior asa para o vendedor :-)
... faz foto com cenário falso em Montparnasse: fomos enfrentar a fila (nem tão grande assim) para visitar o 56º andar da torre de Montparnasse, um prédio de vidro moderníssimo (por exemplo, o elevador tem uma tela de LCD que vai mostrando a visão externa), de onde se tem uma visão de 360º de Paris e uma bem legal da torre Eiffel. A Marina nem queria ir, por ser um programa típico de turista. E, como tal, eles fazem uma foto do visitante (sem compromisso...) contra um daqueles fundos verdes que permitem inserir um cenário no computador. Depois, eles colocam o fundo com o panorama visto da torre. Mais falso não pode ser, mas eu comprei. E olha que eu estava horrorosa na foto :-) São quinze euros três fotos em tamanho normal, ou duas, se optar por uma foto grande.

... come no McDonald’s: depois da visita à torre, completamos o circuito laranja e voltamos para o azul, descendo na Bastilha e caminhando até em casa. Quando estávamos planejando a viagem, a Marina me disse que a McDonalds é um lugar barato para se comer e eu respondi que de jeito nenhum eu iria, no paraíso da gastronomia, comer numa dessas lanchonetes. Mas eu já estava um bagaço e com o joelho doendo bastante, quando passamos perto de uma, e me bateu uma vontade irresistível de comer a batata frita deles. Realmente, é uma forma barata de se alimentar por aqui, cerca de 13 euros para as duas, mas essa comida não vale a pena fotografar.
... fica perdido na estação de trem: hoje nós tínhamos que pegar o trem para Colônia, Alemanha, às 6h25, na Gare Du Nord. Dá para ir de metrô, mas ele só começa a funcionar às 5h30 e eu achei melhor pegar um táxi, mais cedo, para garantir que estaria na estação com a antecedência necessária para descobrir o que fazer lá, pois eu havia comprado as passagens pela internet. Em Paris, a gente não pega táxi na rua. Ou se pega no ponto, e eu não tenho a menor idéia de onde havia um perto de casa, ou reserva um em uma empresa (a cobrança é feita a partir da saída do taxi do ponto). É possível reservar por telefone ou pela internet. Como falar e entender francês ao telefone é muito mais difícil que ao vivo, usei a segunda opção, fazendo a reserva no site da empresa G7. O negócio funciona mesmo: às 5h da manhã, horário que eu solicitei, o taxi estava nos esperando na porta do prédio. Foram 16 euros (já com o deslocamento) bem investidos. Mas descobri que desnecessários, pois daria tempo tranquilamente para ir de metrô. Chegamos na estação às 5h20 e fui tentar descobrir o que fazer com meu bilhete impresso, pois eles chamam muito a atenção para a necessidade de validar os tickets antes de entrar no trem. Perda de tempo, pois não tinha nenhum guichê de informações ou da empresa de trem funcionando. Só às 6h é que abriram e me disseram que eu não tinha que fazer nada, apenas apresentar o bilhete impresso na entrada do trem. Eu podia bem ter dormido por mais uma hora: deitei-me à uma da manhã e levantei às 4 :-(

2 comentários:

  1. Xina,
    A comida no trem é muito ruim e caríssima, um belo pic nic comprado "em terra" antes do embarque é providencial. Veja se encontra alguma pomada em loja de produto natural de 'erva de Santa Maria". É um maravilha para dores e inchaços.

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  2. Tudo vale em Paris, né?
    De noticias do joelho. Esto torcendo para ele ja amanhecer novinho.
    Paris é mais linda, pessoalmente, de acordo?
    Ab,

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