segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sou uma flaneuse!!!

Meu roteiro de viagem (lembrem-se do meu pezinho no TOC...) previa passear ontem, segunda-feira, e hoje, terça, no segundo andar, aberto, dos ônibus de dois andares que fazem o circuito dos principais monumentos de Paris. Mas continuou chovendo e fazendo frio, o que me obrigou a mudar de plano. Assim, por volta de meio dia de ontem, saímos encasacadas, de meia-calça de lã, luvas, echarpe e tudo mais para driblar o frio, e de sombrinha, para bater perna, sem um destino definido (é isso que faz um flaneur ou uma flaneuse). Mas levei o guia do Conexão Paris para me dar uma orientação sobre roteiros interessantes.
Fomos pegar o metrô. Vocês acreditam que precisei de ajuda de uma funcionária para comprar o carnê com 10 tickets na maquininha automática? Coisa de velho, não? E não é que vimos uma mulher super arrumada passando por baixo da catraca? Descemos na praça de l’Étoile, que na realidade se chama praça Charles-de-Gaulle (recebeu esse nome em 1970), e, ao sair da estação, demos de cara com o Arco do Triunfo. A sensação é indescritível! Eu não tinha noção do quanto ele é enooorme!!! Mas lindo mesmo é ficar debaixo do arco, olhar para cima e ver os ornatos que ele tem e os nomes das batalhas enfrentadas pela França.É de emocionar! Nao entrei no arco, apenas olhei de fora, porque estou na fase de reconhecimento de terreno, vou fazer as visitas só mais para a frente.



Dali, fomos caminhar pela avenida Champs Elysées e pela Montaigne, onde ficam as lojas verdadeiramente chiques de Paris. Se eu me senti pooobre no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo (um vestidinho, 9 mil reais; um casaco, 26 mil reais), imaginem aqui, com preços similares, porém em euros (um vestidinho, 9 mil euros = 22 mil reais; um casaco, 25 mil euros = 81 mil reais). Daí, não tem consumismo que resista: nossa única aquisição foi um xampu a seco (que parece mesmo é um talco preto) que a Marina comprou na Sephora (loja que ela descreve como o paraíso), por 5 euros e uns quebrados :-)
Como já eram quase 14h, paramos para almoçar em um restaurante italiano, chamado Caffé Italiano, numa das ruas que cortam a Champs Elysées. Escolhemos o menu a preço fixo, que oferecia, por 17,5 euros, uma entrada (bruscheta com tomate e salada rúcula e alface americano), um prato (eu escolhi fusilli ao molho de tomate e berinjela, e a Marina, que adora cogumelos, pediu penne ao molho branco com champignons) e sobremesa. A Marina quis um creme com uma fruta parecida com a blueberry, bem light, e eu optei por uma torta de limão tradicional. Gente, a torta deve ser uma bomba calórica, mas é simplesmente divina!


Demos sequência à nossa caminhada (santo tênis!), e em algum momento nos perdemos do roteiro da Maria Lina. Paramos para tentar nos localizar e, quando olhamos para a frente, vimos, a uns 100 metros, sabem o quê ? Uma torrezinha, pequenininha, chamada torre Eiffel. Foi tão inesperado, que ficamos com cara de bobas, olhando para ela. Mas não fomos até lá, voltamos para passar sobre a ponte Alexandre III, sobre o Sena, que é uma das coisas mais lindas que eu já vi na vida (tanto a ponte, quanto o Sena!).


Retornando depois para a Champs Elysées, indo para a praça de la Concorde, passamos pelo Gran Palais e pelo Petit Palais e chegamos ao Jardin des Tuileries, onde está montada uma roda gigante enorme.
Já eram mais de 18h, meus pés já estavam reclamando (a salvação é o gel da Granado) e ainda tínhamos que comprar algumas coisas para a casa (vejam a intimidade) no supermercado, por isso voltamos para o metrô. Cheguei morta, mas feliz. E o tempo já melhorou, o que pode permitir o passeio no ônibus hoje pela manhã.

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